sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Na corda-bamba-das-decepções

Até que ponto alguém tem o direito de invadir a vida de outra pessoa?
Não falo dessa curiosidade pop que gera perseguições ao cotidiano dos famosos e rende revistas nas bancas, mas de uma curiosidade ancorada na insegurança e descompasso dos anônimos.

Mães que roubam diários de suas filhas, pais que vasculham as bolsas dessas mesmas filhas, chefes que xeretam nos computadores de seus empregados e namorados/noivos/maridos que espreitam uma traição a cada sms, email, telefonema recebido por suas mulheres.

Até que ponto nossa insegurança pode sustentar atos infiéis?

Até que ponto o medo de perder a autoridade pode subsidiar ações inescrupulosas?

Não seria mais fácil apenas confiar?

Não seria mais delicado apenas perguntar?

Não seria mais honrado apenas deixar a vida acontecer e fazer o possível a cada dia para que ela de fato fosse/seja cheia de realizações?

Um comentário:

  1. Que texto lindo! Amei. E o que diz nele verdadeiramente acontece. Legal!

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